Lendo uma reportagem aqui outra
acolá, percebi que não se fala muito sobre a realidade de ter filhos. No geral,
a responsabilidade é comentada superficialmente, é dito que um filho muda sua vida, etc, etc, mas, com
conotação de que tudo isso é superado diante da alegria de se ter um filho, do
prazer indescritível e indiscutível ao vê-lo nascer, crescer. É só isso que acontece quando se tem um
filho?
Quem tem filhos sabe com certeza que não, mas
muitos também não conseguem admitir para si mesmo o contrário, os sentimentos e
emoções negativas que podem surgir desde
o nascimento do filhote. Por isso achei importante colocar alguns destes
sentimentos e comportamentos que surgem, com algumas dicas para passar cada
fase e se sair bem como pais sem qualquer sentimento de culpa que possa
surgir (pois ele surge mesmo).
1- Vai
dormir menos, ter sono interrompido, várias tarefas que precisam ser feitas, a
criança precisa ser alimentada, trocada, banhada, nos horários regidos por ela,
normalmente de 3 em 3hs, mas com criança, nada é regra.
DICA: Mãe, peça
ajuda do marido, da avó, babá, não queira ser “super”. Mesmo no inicio, vai se cansar, se esgotar. Não deixe acumular
o cansaço, principalmente no 1º mês, onde a mãe mais precisa de ajuda, pois ainda
não está com as suas forças físicas e principalmente emocionais em alta. Delegue
as obrigações.
Pesquisas feitas, descobriram que muitas
destas mães apresentaram sintomas de depressão, motivadas pelo cansaço, pela sensação de que não conseguirá dar conta
do recado, e no mínimo, aparecerá o estresse emocional.
2- Vai sair
menos de casa – sua vida social vai decair muito, se não zerar, no primeiro mês é recomendável não sair com o
bebê, evitar aglomerações, mas, normalmente os pais levam este conselho muito a
ferro e fogo, não recebendo nem visitas, fazendo a vida da criança o centro do
seu universo.
DICA: Ter
sempre uma rede familiar ou de amigos, pois apoio é sempre bem vindo.
Principalmente para os pais mais jovens, que tem necessidade de sair, encontrar
amigos, espairecer, e se não tiverem
este apoio para eventuais saídas, terão mais explosões de choro, raiva, ficarão
mais irritados e com certeza, bem não fará para ninguém, muito menos para o bebê.
Eu sei que a responsabilidade em ter
filhos é totalmente dos pais, no entanto, isso não precisa necessariamente, gerar sentimento
de culpa quando o pequenino, às vezes, for deixado aos cuidados dos avós, tios
ou mesmo com os melhores amigos. Só não pode abusar!
3- A carreira
profissional poderá ser afetada. Pesquisas mostram que as empresas preferem contratar as mulheres sem
filhos, as quais são melhor remuneradas do que as que tem filhos. E mesmo o
pai, que prefere muitas vezes não fazer aquela hora extra na empresa, para
ficar mais tempo com o filho, pode ser visto como desinteresse pela mesma
empresa.
DICA: Não importará nada disto quando tudo foi
pensado, planejado o filho, pois tudo já
foi verificado, acertado com antecedência. Muitas mães até optam por sair do
emprego. Só será saudável se foi bem refletido, pesado os prós e contra em
todos os sentidos, principalmente de sua realização pessoal e profissional. O
ideal é no 1º ano de nascimento a mãe trabalhar com menor carga horária, até
mesmo meio período, ou fazer trabalhos em casa. Hoje em dia a internet propicia oportunidades várias.
O seu filho neste momento tem que ser sim o
mais importante de sua vida, mas não a “única”. Existem outras coisas que
completam uma pessoa, ser mãe, é uma delas. Se a única opção está sendo deixar
o bebê num berçário, escolha muito, faça pesquisas, converse com outras mães
que tenham filhos no local, conheça as pessoas, se possível faça amizade para
saber de mais detalhes, hoje em dia, tem
muitos lugares seguros para deixar seu filho.
4- Maiores
gastos financeiros com a vinda do bebê, seja com saúde, educação, entretenimento,
etc,etc...
DICA: Planeje
para ter filhos. Faça reserva financeira, verifique se pode dar o mínimo
necessário para seu filho, que é um lar,
comida, roupas adequadas, pois “supostamente” temos saúde e educação
gratuitamente. Utilize as roupas dos sobrinhos que não servem mais. Não vai ser
humilhante isto, muito pelo contrário, estamos na era da reciclagem, então
aproveitemos. Mãe,faça você mesma a sopinha, além de ser
mais saudável, e´ bem mais econômica, e dê o seio o maior tempo possível, é
recomendável pelo menos 6 meses, mas pode se estender até o 1º ano se possível.
5- O
relacionamento poderá entrar em crise – o marido reclama que o relacionamento
afetivo e sexual está sendo
negligenciado, a esposa reclama que está cansada, esgotada, que não tem ajuda,
com tudo isso, ficam mais sensíveis, mais irritados, consequentemente irão
brigar mais.
DICA: Busquem
horários mais livres para atividades individuais, tais como ler jornal
sossegadamente num lugar reservado, fazer a manicure sossegadamente; assista um
filme ou escreva e-mail. Programem também atividade para o casal, por exemplo
um jantar a dois ouvindo uma boa música, o que pode restabelecer e fortalecer o
vínculo do casal. É importante que se façam acontecer esses momentos. Muito importante ainda, que a paciência terá
que ser exercida com frequência por ambas as partes.
-Acredito que
não é que sem eles não podemos ser felizes, mas, com eles a nossa felicidade é diferente. Os
filhos dão maior significado à vida(não
é o único), a enchem de sentido e propósito. Com eles, estamos sempre dispostos a s
melhorar como pessoa, pois somos os espelhos para a vida deles. Ser pai e mãe é
a descoberta de um sentimento único: O amor incondicional, altruísta, aquele
que começa com o primeiro choro do filho e nunca mais termina.
O desafio de
ser pai ou mãe requer virtudes como coragem e generosidade, desprendimento e
doação, maturidade e flexibilidade – talvez...uma dose de loucura...mas que
loucura gostosa.
Ótimo!!Estes fatores realmente passam até despercebidos muitas vezes...
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