Através do
conhecimento e da compreensão dos processos psíquicos por que passam a mulher
com câncer de mama, durante todas as fases do tratamento, torna-se possível o
entendimento de sua dinâmica psíquica: seus medos, angústias, raiva,
inquietação, ansiedades e fantasias que podem interferir em uma melhor resposta
ao tratamento. Cada paciente vivencia de forma individual essa experiência,
acerca de seu diagnóstico e dos aspectos psicossociais envolvidos nesse
processo, podendo utilizar-se da “negação” como perigoso mecanismo de defesa
nesta circunstância. Desta forma, torna-se imprescindível a formação de uma
equipe multidisciplinar composta por psicólogos e médicos, para que juntos
proporcionem à mulher, um atendimento humanitário, completo, promovendo assim o
restabelecimento da saúde em seu sentido mais amplo: o indivíduo visto como um
todo, ou seja, como um ser biopsicossocial, que se relaciona com o meio em que
vive, mas que precisa estar em harmonia consigo próprio.
Cada indivíduo
tem um modo de viver e adoecer. O tipo de doença e a época da vida em que ela
se manifesta tem relação com a sua história, com a natureza dos seus conflitos intrapsíquicos
e com a forma de lidar com eles.
A forma como cada
pessoa foi criada, o contexto sócio-histórico reflete na vida do individuo,
porque tudo o que foi construído foi internalizado e pode refletir de alguma
forma na vida do sujeito.
O individuo
faz do corpo o palco para a expressão de sua angústia. (Marco silva)
“Em nossa experiência
com mulheres portadoras de câncer de mama, percebemos que nelas existe,
escondida em aparente auto-suficiência, uma grande fragilidade como se fossem
guerreiras que abriram mão de suas fantasias, de seus sonhos e de seu direito
de serem felizes. Com isso, suprimiram seus sentimentos e, por vezes, já não
mais os reconhecem” (Marisa Speranza).
É importante
sempre deixar claro que a presença das características citadas, não é
necessariamente, causadora de algum tipo de doença ou do câncer. Ter a
personalidade mais ou menos introvertida, sofrer ou não perdas importantes ou
ter a vida mais ou menos estressantes, não quer dizer que se vai ficar doente
ou ser sadio para sempre. Tudo dependerá da maneira como cada indivíduo
interpretará ou lidará com seus problemas, seus conflitos.
Por isso, reforço
sempre: Quanto mais nos conhecermos, mais conscientes ficaremos das nossas
dificuldades, dos nossos medos , bloqueios, e assim conseguiremos diminuir e
transformar estas emoções, para aquelas mais positivas, que nos tragam
segurança, realização, conforto, harmonia em nossa vida.
(texto baseado em artigos de
psicologia on line)
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